domingo, 25 de maio de 2008

O Analfabeto Político

Bertolt Brecht

"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."

Bertolt Brecht (Augsburg, 10 de Fevereiro de 1898 — Berlim, 14 de Agosto de 1956) foi um influente dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX.

Aids atômica ou ficção britânica

A morte do ex-agente russo Alexander Litvinenko, ocorrida em Londres, dia 23 de novembro de 2007, onde vivia asilado desde 2000, descortina uma reflexão sobre o uso de armas químicas e biológicas, além de despertar o interesse dos aficcionados pelas novelas de ficção britânica, no melhor estilo de Ian Fleming, criador do mais famoso agente inglês, o “lord” James Bond – agente 007, e produziria inquietações no não menos competente investigador britânico “sir” Sherlock Holmes.
Esta discussão, no entanto, lastreia o mesmo argumento que levou o presidente norte-americano George Bush a invadir o Iraque e depor o ditador Sadam Hussein. Bush esperava encontrar depósitos de armas químicas, que poderiam ser utilizadas em imagináveis atentados contra a segurança mundial e principalmente à democracia americana.
As investigações da brigada antiterrorista da Scotland Yard – a polícia política do Reino Unido-, têm apontado a morte de Litvinenko a uma "alta dose" de polônio-210, uma substância altamente tóxica que viaja pelo corpo rapidamente caso ingerida ou inalada. A substância foi encontrada na urina dele. O envenenamento radiativo do produto químico encontrado no corpo do ex-agente foi comparado, por especialistas, aos efeitos da Aids, porque neutralizou todo o sistema imunodefensivo do corpo do ex-agente, que morreu em três semanas.
Ele teria sido contaminado pelo “vírus radiativo” em um restaurante em Londres, após contato com outros dissidentes do regime soviético. A forma como foi contaminado ainda é um inígma a ser decifrado.
O ex-integrante do KGB (antiga agência de espionagem soviética), ainda quando estava internado, acusou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que também era agente da KGB. Litvinenko investigava a morte da jornalista russa Anna Politkovskaya, contrária ao regime de Putin. Acredita-se que ele tenha conseguido a cidadania britânica em 2006.
Bomba humana - A paranóia coletiva americana já produziu cenas, no mínimo, dramáticas e inusitadas. O episódio mais recente foi registrado na semana passada, quando um avião teve que fazer um pouso forçado, porque a tripulação detectou durante o vôo, um forte cheiro de enxofre. Após investigar em todos os compartimentos da aeronave, descobriram que havia um número de palitos de fósforo queimados e deixados sobre o assento de um passageiro. Ato contínuo, a investigação identificou o passageiro como sendo uma senhora idosa, que ao ser questionada sobre a pirotecnia aérea, ela simplesmente argumentou que sofria de flatulência: uma verdadeira bomba química americana.