terça-feira, 28 de abril de 2009

Recordar é viver...

De volta ao meu diário eletrônico...
Até parece mesmo a letra de um samba consagrado (recordar é viver e eu sonhei com você...). Mas foi uma grata satisfação ter encontrado uma amiga que há muito tempo não a via: a Fatinha, ubatubense da nata. Nos encontramos no cantinho esquerdo da praia da Itamambuca, em companhia de amigos em comum. Foi uma grata surpresa. Conversamos sobre amigos da "tchurma" que frequentava o boliche na avenida Iperoig e a então recém inaugurada lanchonete Tom Bar. Bons Tempos e boas lembranças.
A vida é assim. Ainda bem que as lembranças nos ajudam a recontar o presente e a prospectar ainda mais o futuro. As boas coisas são permeadas das recordações não tão boas assim pois acabam esbarrando naquelas amizades que já não podemos contar com elas, pelo menos neste plano de vida material.

domingo, 12 de abril de 2009

Cidadania


Certidão de Nascimento

Gerado em São Luís, fui nascer em Taubaté, devido à falta de infraestrutura da Santa Casa de Misericórdia. Mas desde os primeiros passos já curtia a praia do Perequê Açu. Na foto, tirada e revelada pelo meu primo Oziris e posando ao lado de neu primo Osmar, em pleno verão de 1957, pode-se ainda ver ao fundo o velho Rancho do Galo.

E assim se passaram muitos verões e invernos. Duas temporadas por ano, minha família vinha de mala e cuia para Ubatuba. Era um sonho. Ubatuba sempre tudo de bom, até que um dia não deu mais para suportar a distância e decidimos (eu, mulher e filhos) morar definitivamente aqui.

Posso até pagar a minha língua, mas daqui não abro mão...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Como era Jesus?

Por Camões Filho
Nesta Sexta-Feira Santa gostaria de abordar uma curiosidade que convive com todos nós, cristãos: como era Jesus fisicamente? Aprendemos a imaginar sua imagem tal como foi retratado pelos pintores clássicos, como Leonardo da Vinci, ou representado pelo cinema americano: alto, forte, robusto, barbas e cabelos longos, olhos azuis. Se bem que, pela sua origem étnica, olhos azuis não correspondem ao biotipo de seus ancestrais. Quando era garotão, gostava de ler uma revista chamada “Você Sabia?”, que era publicada pela mesma editora da “Revista do Rádio”. Um dia eles pediram para que vários artistas pintassem como imaginavam ser o rosto de Cristo, sem aquela imagem estereotipada. O resultado foi completamente diferente daquilo que até então era-nos apresentado. Mas como Cristo seria descrito por uma pessoa que viveu à sua época? Existe uma carta, atribuída a Publius Lentulus, que responde em parte a essa curiosidade. Se bem que até nesse caso há controvérsias. Ora tal carta de Publius Lentulus, que seria Procônsul da Galiléia, teria sido encontrada no arquivo do Duque de Cesadini, em Roma. Ora Publius é apresentado como predecessor de Pôncio Pilatos como Governador da Judéia, na época em que Jesus Cristo iniciou seu ministério. E que tal carta estaria ainda hoje guardada a sete chaves na biblioteca do Vaticano. Em outra versão Publius, que aparece como Senador Romano, teria enviado tal carta a César Augusto, Imperador de Roma. A verdade é que tal carta, autêntica ou não, sacia em parte nossa curiosidade em sabermos como era Jesus Cristo. Leia e medite sobre esse palpitante tema: “Existe nos nossos tempos um homem, o qual vive atualmente de grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade, e os seus discípulos dizem que é o filho de Deus, criador do céu e da terra e de todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado.Em verdade cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra.É um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto. Há tanta majestade em seu rosto, que aqueles que o vêem são forçados a amá-lo ou temê-lo.Tem os cabelos da cor da amêndoa bem madura; são distendidos até as orelhas, e das orelhas até as espáduas; são da cor da terra, porém mais reluzentes. Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso pelos nazarenos.O seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno. Nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de uma cor moderada. O nariz e a boca são irrepreensíveis.A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, separada pelo meio. Seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros. O que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza, faz chorar. Faz-se amar e é alegre com gravidade.Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos.Na palestra, contenta muito, mas o faz raramente e, quando dele se aproxima, verifica-se que é muito modesto na presença e na pessoa.É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua Mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo jamais visto por estas partes uma mulher tão bela.De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram. Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes.Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos, de grande doutrina, como ensina este Jesus. Muitos judeus o têm como Divino e muitos que querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade.Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles que o conhecem e com ele têm praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde.” Conforta-nos essa descrição de Jesus Cristo, que há dois mil anos, dentro dessa humildade, discrição e sabedoria pregava: “Eu sou a verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai a não ser por mim.” (Jô, 14.6) Para encerrar, desejo a todos uma Feliz e Santa Páscoa!
Camões Filho, escritor, jornalista e pedagogo de Taubaté E-mail do autor: camoesfilho@bol.com.br

terça-feira, 7 de abril de 2009

Diário Eletrônico

As mudanças tecnológicas advindas com o microcomputador e a Internet em nossas vidas são notórias e inexoráveis, principalmente a profissão e a função de jornalista. A produção de informação que antes era quase exclusividade passou a ser de domínio público. Este canal, o blog, então, é o exemplo mais bem acabado de democratização da informação. Criamos a comunicação de mão dupla, o leitor deixou de ser apenas um receptor e passou a interagir com o emissor, ou produtor da informação.
Ainda estou debutando neste canal. Mas quero que seja o meu diário. Depositário de minhas confidências. Desejo também que se transforme em um fórum de debates, idéias, opiniões e desabafos. Este é um caminho que não tem mais volta. A comunicação se tornou a pedra da toque do mundo pós-moderno. A informação venceu a barreira do tempo e os veículos de comunicação terão que se ajustar a este novo processo, sob pena de extinção. (incompleto...tive que sair neste momento...mas a conclusão virá)

sábado, 4 de abril de 2009

Oligarquia sindical

"Antes de iniciar a leitura, deixo aqui um comentário. Encaminhei este artigo ao jornal valeparaibano, com uma pequena observação: será um grande desafio publicar este artigo".
José Alfredo Rodrigues

A vitória da chapa 1 (PSTU /Conlutas) nas eleições do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos traz à reflexão considerações que extrapolam os limites da luta de classes e do conflito de ideologias entre as centrais sindicais Conlutas, CUT e Força Sindical.
O resultado das urnas, no entanto, é irrefutável. O que se propõe aqui é mais que uma discussão virulenta. Mas sim, trazer à tona uma questão conjuntural que, de certa forma, explica a explosão de votos tanto para o PSDB e dos partidos aliados, quanto ao PSTU, partido que domina o Sindicato há quase duas décadas, mas que não tem legitimidade política, uma vez que nunca elegeu representantes ao legislativo municipal, estadual ou federal.
A vitória do PSTU/Conlutas está intimamente associada a uma união espúria das forças conservadoras da classe política dominante da cidade – a oligarquia local - com os “revolucionários” da esquerda festiva, com o fito de barrar um possível crescimento da CUT, do PT e do movimento popular organizado, que, de certa forma, ameaçaria os poderosos de plantão.
A união das forças conservadoras da cidade vai além dos partidos políticos. Invade os interesses do empresariado e da voz dos mandantes: a imprensa, que desempenhou papel fundamental na consolidação da esmagadora vitória do PSTU.
Destarte, o PSTU não representa ameaça ao poder local. Em momento algum na recente história do PSTU/Conlutas em São José, o poder municipal foi ameaçado com manifestações de rua e de protestos. O que já não se pode dizer o mesmo com a vizinha cidade de Jacareí, governada pelo PT.
A opção da classe empresarial pelo PSTU torna-se evidente. Pois, durante quase duas décadas em que o partido está aquartelado no sindicato, os trabalhadores metalúrgicos de São José sofrem com o isolamento dos demais metalúrgicos, principalmente das montadoras.
A prática da política sindical do PSTU/Conlutas é do lado de fora da fábrica e nos escritórios. A representação sindical é pífia e ausente e só ressurge quando eclode demissões e fechamentos de empresas. Assim mesmo com objetivo de atacar o Governo Lula, do qual o PSTU e o PSDB são inimigos viscerais.