quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tristeza não é doença...

"Aparece nos momentos em que perdemos alguém; naquelas horas em que as coisas, as pessoas, o mundo e a realidade não são como queríamos; que não somos o que gostaríamos de ser; que não temos o que gostaríamos de ter."
A reportagem de Cida de Oliveira, publicada na revista Brasil Atual (edição 53/novembro 2010) joga muita luz sobre o tema sem ser piegas, sentimental nem muito menos técnica, ainda quando cita especialistas. "A tristeza é como uma ferida aberta por perdas afetivas e materiais, decepções, frustrações e doenças" diz ela, citando um pesquisador da PUC.
"Para cicatrizar, é preciso um tempo de recolhimento, de repouso para sua recomposição. Exatamente como acontece no luto que se segue à perda de uma pessoa amada", conclui o pesquisador.
Em outro ponto da reportagem, ela destaca "agora é encarar uma nova vida, que tem tudo para ser melhor".
A duração, a profundidade e os prejuizos que a tristeza pode trazer dependem da intensidade da causa, do afeto envolvido e da organização psíquica da pessoa.
"Não somos fruto que amadurecem por lei da natureza. O verdadeiro amadurecimento vem da compreensão e do lidar com as circunstâncias da vida, tanto boas quanto más".
Uma monja budista entrevistada declara que mesmo a mais profunda tristeza será passageira se as coisas, as pessoas, o mundo, a realidade forem vistos como parte de um processo de transformação. E para que isso aconteça basta lembrar que essas coisas são como são e que podemos apreciar o que temos em vez de lamentar o que falta. Com essa transformação, haverá mais compartilhamento e harmonia.
Estes são alguns trechos apetitosos que foram pinçados da reportagem e que ofereço como tira-gosto até que você leia a revista.
Valeu...estou passando...
Fui a tristeza também foi, mas volta...como diria o compositor luizense Elpídio dos Santos, "olhando o passado quem é que não sente, saudades de alguém", na trilha do filme Tristeza do Jeca, de Amacio Mazaroppi.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Day after: agora com o marasmo da ressaca eleitoral

Passado os dias de turbulências, agora vamos navegar no marasmo da ressaca eleitoral. Ainda bem que deliciando o sabor da vitória. Se além de tudo, com todo esforço empreendido na cata do voto, amargar o dissabor da derrota seria um turbilhão de lágrimas, inundaria novamente minha São Luís...Deus me livre.
De volta ao mundo dos normais, estou iniciando minhas atividades profissionais, e prometo esmerar-me na atualização deste blog.
Este segundo turno das eleições foi uma verdadeira lição de política. Mesmo com o pior do que se possa aprender. Afinal, diria algum pensador de plantão que na adversidade é que se aprende.
No pós-voto, estamos vendo novas ameaças e insistentes ataques do PiG (Partido da imprensa Golpista) contra o incipiente governo Dilma. A especulação é tanta que já estão interferindo na formação do ministério do novo governo, fatiando entre os partidos aliados, de acordo com o potencial de votos e número de cadeiras ocupadas na Câmara e no Senado. Ora, um racínio no mínimo tacanho. Próprio dos arrivistas, oportunistas que não admitem o "day after" e querem gerar crises, vender dificuldades para levar vantagens.
Agora o tema é sobre o controle da mídia. Mais uma tentativa de suscitar a discussão sobre liberdade de imprensa. Lí em 1976, no livro A Ilha (um repórter brasileiro no país de Fidel) do jornalista Fernando Morais, em entrevista a um jornalista cubano, o autor pergunta sobre liberdade de imprensa. A resposta não podia ser melhor: liberdade de imprensa é mais um eufemismo burguês, disse. Ou seja, "é mais uma mentira da elite". Esta mesma elite golpista que ainda não admite o fim da sensala.
Com esta frase, peço autorização para encerrar meu pensamento.