sábado, 25 de junho de 2011

Zé Antonio, jornalista e amigo

Zé Antonio era daqueles caras que, quando gostava de alguém gostava mesmo e, ao contrário, não disfarçava se não gostava. Radicalizava, se fosse o caso saia até na porrada para resolver eventuais pendengas. Nunca deixou ninguém na mão. Pelo menos no meu caso em particular. Foi assim ao longo de sua vida. Nunca quis ser candidato a nada, mas era político na essência e não conseguia viver longe da política. Corria incessantemente em seu sangue. Vibrava com os diagnósticos acertados e errados. O "Gravatão" vai deixar saudades...recebi a notícia de sua morte na noite desta sexta-feira (24) por meio de um telefonema do meu amigo Luis Carlos Batista.
Meu último contato com Zé Antonio foi nesta terça-feira (21/6). Ele me ligou pela manhã e assim que atendi o celular, ele me perguntou: você me ligou, indagou ele. Disse que não e que poderia ter sido um engano. Ele aproveitou para comentar a prisão do casal Peixoto, pela Polícia Federal. Disse ainda que tinha mais 23 pedidos de prisão para serem cumpridos. Aproveitei para gravar o número do celular dele e combinamos mais um daqueles almoços na redação ( restaurante Tribuna) do Jornal da Cidade.
Nossa amizade se arrasta por mais de 30 anos. Conheci o Zé em 1977, na gráfica do Tico, próximo ao ginásio Estadão, em Taubaté, quando fui rodar meu primeiro jornal, o Chicote, de São Luis do Paraitinga. Zé Antonio também acabara de fundar o semanário Jornal da Cidade de Pindamonhangaba. O jornal era no formato germânico e com a capa em papel offset, cor de rosa. Lembrava o Jornal dos Sports, do Rio de Janeiro.
Depois adquiriu sua primeira impressora, ainda no chumbão e passamos a imprimir o Chicote na gráfica do Jornal da Cidade, em Pindamonhangaba. Em seguida ele fundou o semanário Gazeta de Taubaté, que lançou o Diniz para o jornalismo com suas apimentadas críticas da tripidante Guilhermina Miranda.
Foram longos anos. A gráfica do Zé evoluiu e ele comprou uma impressora offset plana. O processo era rudimentar. Montávamos past up, colando letrinhas nos títulos compostos em Letraset. Imagine quanta dificuldade...
Djalma Castro era o editor da Gazeta. Um dos episódios mais vibrantes da minha carreira de jornalista aconteceu ao lado do Zé Antonio. Ele nos convidou para participar de uma entrevista com José Bernardo Ortiz, então prefeito de Taubaté. Eu e o Sérgio Moradei éramos os editores do então jornal Correio da Terra, de São Luís e tinhamos um gravador portátil e uma camera fotográfica Pratika. Na entrevista, Ortiz chamou os vereadores de venais e não deu outra. A manchete da Gazetinha se tornou objeto de uma CEI que acabou com a cassação do prefeito.
O episódio rendeu. O então deputado estadual Geraldo Alckmin entrou em cena para tentar amenizar a decisão da Câmara. As provas das acusações de Ortiz estavam em nossas mãos (minha e do Sérgio) com a gravação da fita da entrevista. Estávamos no olho do furacão. O assessor de Alckmin foi até São Luís atrás da fita para eliminar a prova contra Ortiz, que acabou anulando a sessão de sua cassação. E tudo ficou por isso mesmo, mas valeu a manchete e o episódio protagonizado pelo polêmico Zé Antonio.
Nossa história não terminou por aí. Depois que ele decidiu fechar o Gazetinha de Taubaté e fundar o Jornal da Cidade Taubaté, ele me chamou para ajudá-lo no projeto gráfico e editorial do jornal. Algum tempo depois, quando decidiu torná-los diários me chamou novamente para dirigir a nova reforma gráfica do jornal, que passou a ser colorido, nesta última versão do Jornal da Cidade de Taubaté...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Começar de novo...

Espero que agora siga mais atuante com este meu blog. Confesso que andei um pouco, e por que não dizer muito, displicente com este canal de comunicação.
Doravante quero estar mais próximo no dia-a-dia dos blogueiros. Postar mensagens do cotidiano que nos toca...temas da política nacional, regional e local..mas local de onde?
Óbvio que falo de minha cidade, Ubatuba. Embora distante, daqui de São Paulo ou de São Bernardo ainda posso acompanhar, mesmo à distância as mazelas que o povo está submetido, decorrentes de administrações pública pouco zelosas.
Vamos em frente, afinal temos problemas em todas as esferas. Mesmo assim, espero dar meus pitacos e contribuir para que a vida possa ser bem melhor e será...