sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Contradições geodemocráticas imperialistas

Paradoxos à parte, o que se observa no Egito é muito mais que uma crise política causada pelo descrédito de um governo à beira da ruína. O ditador Hosni Mubarak, apoiado pelos EUA, perdeu a credibilidade constitucional e popular, e busca sua sustentabilidade na repressão e no terrorismo impostos à população que clama pela sua saída imediata e por mudanças políticas no país.
O temor ocidental, principalmente dos EUA, é que neste rastilho de pólvora outros países que integram a OPEP, localizados ao Norte da África e no Oriente Médio, que também mantém regimes políticos autoritários e apoiados pelos EUA, entrem em convulsão social e política, atrapalhando os negócios imperalistas.
A serviço das forças mandatárias, a imprensa alarmista difunde o pavor de uma possível ascensão do islamismo - principal força de oposição ao regime autoritário egípcio - que possa colocar em xeque a supremacia ianque na região.
Em outras épocas, e em países onde os governos não se alinham aos interesses americanos, as forças "salvadoras" já teriam disparado seu poderio bélico para restaurar os "interesses democráticos". Saddam Hussein que o diga. Todos nós vimos o espetáculo televisivo da invasão ao Iraque. Dois pesos, duas medidas...isso é apenas um começo

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