quinta-feira, 18 de junho de 2009

Diploma ou não: o jornalismo está em xeque

Ao tempo em que se dicute a decisão do STF desobrigando a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista, o que na verdade vem à tona é uma questão fundamental para a sobrevivência da humanidade: a informação.
Os jornalistas nem de longe são os arautos da informação. Mas, com certeza, por meio deles e dos veículos de comunicação a informação se dissemina. A tecnologia é apenas um componente nesta equação. Vamos considerar que nos últimos anos não tínhamos a Internet, nem o celular. Mesmo assim a informação transitava.
Estão corretos aqueles que compreendem que a informação, a matéria prima da notícia, é manipulável. Vamos considerar que tudo que esta escrito existe a mão do poder que primeiro defende os seus interesses.Bem, pensando por esta lógica, gostaria que o STF também se manifestasse com relação à Biblia, o Novo Testamento, o alcorão, à Tora e aos Vedas.
Ao que me consta, todos esses livros também receberam influências dos poderosos. Nada está escrito se que estivesse de acordo com os mandatários. Aí é que reside a questão fundamental. Vamos negar a existência de Deus, ou do Criador, por uma simples manifestção do STF? Dúvido que eles ponham a mão nesta cumbuca?
Mas a profissão de jornalista é simples. É só atender o pedido do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão. A partir daí tudo fica mais simples. É só contratar um rostinho bonito, com um corpão violão, para apresentar o noticiário, fazer as entrevistas...enfim é isso o que parece estar claro por trás dessas intenções.
Falando na primeira pessoa. Sou jornalista há 32 anos, diplomado há 30 anos. Depois de passar por um sem número de empresas, abrir e fechar jornais, revistas e sites noticiosos, dar aular em duas faculdades...enfim nunca defendi que o exercício do jornalismo fosse uma reserva de mercado para os diplomados, até porque vi nas faculdades o nível dos professores, que se quer haviam sentados seus "bumbuns infectos" numa cadeira de redação ou mesmmo feito algum esforço de reportagem...Mas é este o perfil do profissional de jornalismo que forma jornalista para o mercado, ou estou equivocado?Sob este aspecto, que me perdoem os demais profissionais, que eu conheço, e que estão por aí nas faculdades da vida, como defender a obrigatoriedade do diploma de jornalista.Só para recordar. Não cursei a melhor escola de jornalismo. Muito pelo contrário.
No meu tempo, o curso durava três anos. Já era um saco. Confesso que o terceiro ano foi pura enrolação. Mas se comparar a grade curricular daquele curso de três anos com o currículo atual, acho que a melhor decisão do STF era pegar pesado com as faculdades.
Tem muita coisa em jogo. Outro aspecto é quanto as diversas funções que um jornalista exerce em uma empresa de comunicação. Primeiro, também é preciso enquadrar as empresas de comunicação.O leque das atividades profissionais de um jornalista é muito amplo e, ao meu entendimento, a atitude do STF foi muito restritiva. A questão da livre manifestação do pensamento é muito xinfrim para sustentar a argumentação dos ministros.
Voltarei ao assunto....

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