Ubatuba tem o título de Capital do Surfe, nomeado pela Câmara e ratificado pela Assembléia legislativa, rumo à Câmara dos Deputados. A cidade possui a maior competição, em número de categorias e de atletas, em nível municipal, mesmo assim, como vimos neste final de semana, de 26 a 28 de junho, a primeira etapa do Circuito Ubatuba de Surfe o evento não contou com a mínima cobertura da mídia e, nem muito menos, foi prestigiada pelos moradores, exceto pelas famílias dos atletas e alguns poucos aficcionados pelo esporte.
O evento foi primoroso em alguns aspectos de sua organização. Contou até com transmissão de TV ao vivo pela Internet. Bom nível de competição, reunindo atletas de 8 a 58 anos de idade em clima de amizade e harmonia.
O abandono do surfe enquanto esporte não é localizado. Estamos recebendo no Brasil o maior mito do surfe de todos os tempos. Kelly Slater está em Imbituba (SC) disputando uma etapa do WCT, a maior competição mundial do esporte e nem por isso a mídia deu uma linha a respeito.
Assisti toda a programação de esporte nesta segunda-feira e só vi mesmo falar do surfe em sites especializados. A TV aberta nem comentou o assunto, nem a mídia impressa. Caberia até mesmo uma "corneta" para o apresentador do Globo Esporte. Em nível regional e local, nem se fale, o descaso com o esporte é total.
Mas um dia o surfe vai superar isso. O mundo vai se render aos tão abnegados atletas que deixarão de ser tratados como vagabundos e maconheiros.
A propósito, o atleta da foto que ilustra este texto é o meu filho Tales, vice-campeão da categoria Iniciantes, nesta primeira etapa. Parabéns. Foto: Renato Boulos
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